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Redec realiza conferência para melhorar o desenvolvimento de professores e alunos

Evento será transmitido pelo YouTube e, entre outros convidados, terá a presença da PhD Sofia Gonçalves, da Escola Superior de Educação de Coimbra




Na quinta-feira, 22 de abril, a professora da Escola Superior de Educação de Coimbra e da Universidade de Santiago, em Cabo Verde, Sofia Gonçalves, fará parte da comemoração dos quatro anos do programa de Residência Docente nas Ciências (Redec), que é vinculado à Universidade Federal de Pernambuco, UFPE. Às 16h (Horário de Brasília), pelo canal do YouTube da Redec, ela fará uma Conferência que terá como tema as “Estratégias de Aprendizagem Cooperativa: o impacto de uma oficina acreditada no desenvolvimento profissional e na prática pedagógica de professores”.


"Os alunos devem unir esforços para alcançar os seus objetivos. É preciso se colocar em constante cooperação”, reforça a professora Sofia. Seu trabalho de pesquisa enfatiza a aprendizagem cooperativa, motivação e formação de professores. “Os temas de pesquisa da professora Sofia estão em harmonia com o trabalho desenvolvido pela Redec”, enfatiza o professor Marcos Barros, um dos coordenadores da Redec. “A professora Sofia trará um conteúdo excelente para ampliar nossa reflexão sobre processos pedagógicos mais eficazes”, enfatiza.


A Conferência terá como foco os alunos do 1° Ciclo do Ensino Básico (1° a 4° ano) e será baseada no entendimento de que o ensino não é restrito apenas ao professor e o aluno, mas plurilateral: professor, aluno, corpo escolar e comunidade. O encontro trará elementos teóricos para os professores desenvolverem sua autonomia e pensar em novas estratégias para o ensino, principalmente em momentos de exceção como o que vivemos em decorrência da pandemia do coronavírus.

A Covid-19 evidenciou a importância de encontrarmos caminhos para manter o interesse e foco dos alunos nas aulas, assim como trouxe a necessidade em ampliarmos os planejamentos e estruturas das aulas, tendo em perspectiva a necessidade de integrarmos o processo de ensino e aprendizagem aos meios digitais e de como tudo isso impacta na interação entre professores e alunos. “O estudante não deve ser encarado como um simples componente de ensino, mas protagonista no processo de aprendizagem”, enfatiza Sofia.


Importância da oficina no contexto brasileiro


Uma pesquisa feita pelo Instituto Tim, através do projeto “O círculo de matemática no Brasil”, mostrou um dado importante sobre a educação no país. Cerca de 70% dos professores, ouvidos pela pesquisa, têm dificuldades em se adaptar às aulas remotas. Porém, em momentos como esse, professores possuem a importante tarefa de repensarem as formas tradicionais de ensino. E muitos têm feito isso. Reinventar. Talvez esta seja a palavra mais utilizada para definir os professores durante a pandemia.


Já os impactos da saúde mental dos alunos pôde ser sentida com mais ênfase no ensino remoto. O Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), revelou que 27% das crianças de 5 a 7 anos expressaram sintomas de ansiedade e 37,4% têm dificuldade de estabelecer um cronograma diário de estudos. O maior contato com o ambiente de estresse familiar, a saudade dos amigos e do corpo docente escolar estão entre os principais empecilhos para o bem-estar dos alunos.


Por esse motivo, optar por novas formas de ensino durante a pandemia é uma questão prioritária neste momento. Apenas na construção de alternativas para aprendizagem é que podemos melhorar ou minimizar os impactos da pandemia.


Participarão ainda da conferência na quinta-feira, 22 de abril, Dalvaneide Araújo, Doutoranda do Programa Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e mestre em Educação pela UFPE, e Simone Laureano, mestra em Educação Matemática e Tecnologia pela UFPE- EDUMATEC e graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Pernambuco.

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