Hoje, 17 de junho de 2020, nosso residente Marcelo Guerra, mestrando em Educação, Cultura e Identidade – UFRPE/FUNDAJ, comandou um bate papo com professores de história e supervisores do município de Glória do Goitá. Trazendo um assunto bastante pertinente ao momento e ao nosso contexto histórico em geral, a “Educação nas Relações Étnico-raciais: da África ao Brasil atual.” Abordando inicialmente a diáspora, percorrendo a historiografia da educação na história nacional, desaguando nas leis 10.639/03 e a 11.645/09 e na construção do racismo estrutural.
Através de recursos iconográficos, vídeos e outros mecanismos de abordagem pedagógica, destrinchamos desde o mapa macro linguístico da África do período colonial, ao mapa das rotas dos navios negreiros, a escravidão indígena, a riqueza étnica cultural que vieram com os povos escravizados, a catequização dos indígenas até a Reforma Pombalina. Tratando da repressão, das leis “para inglês ver” que ocultavam os processos da falsa abolição. Transitando pela higienização social do Império, a tentativa de branqueamento da população, as imigrações e a eugenia, assim como a luta e o crescimento do Movimento Negro.
Ao tratarmos a ineficiência das leis 10.639/03 e a 11.645/09, colocamos em xeque o racismo institucional, o racismo sistêmico e o racismo estrutural, buscando sempre a reflexão da educação nessa luta por igualdades e o papel do educador numa postura antirracista.
Experiências negativas advindas do racismo dentro da escola foram apresentadas para ilustrar a realidade escolar para o tema. Assim, como a consciência dos professores como adultos formadores e responsáveis pela proliferação do racismo em gestos e falas sutis que, mesmo involuntariamente, tenham cunho preconceituosos.
O momento foi finalizado com a fala de alguns professores que trouxeram experiências racistas dentro da sala de aula e na comunidade escolar, sendo um rico momento de conscientização.
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